Boas práticas para a produção de alimentos e designer de
artesanatos foram os temas das oficinas realizadas nos últimos dias 26 e 27, em
Feira de Santana (BA). A iniciativa da Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3
faz parte de um conjunto de formações e agregou cerca de 50 mulheres
representantes de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) que integram a
Rede Balaio de Solidariedade e contam com assessoria e acompanhamento da
Cáritas por meio de projetos.
Conduzida pelo engenheiro de alimentos e professor da
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Sérgio Henrique, a oficina
sobre boas práticas para a produção de alimentos abordou temas relevantes como
a manipulação de alimentos, o cuidado para evitar doenças transmitidas por
alimentos, perigos físicos, químicos, biológicos e alergênicos, tipos de
contaminação, controle de temperatura de alimentos, manejo de resíduos e
armazenamento correto.
Já a oficina sobre designer de artesanatos, facilitada pelo
designer Rodrigo Lyra, tratou dos seguintes temas: desenvolvimento de coleção,
elaboração de fichas técnicas de produto e precificação, orientação para
elaboração de catálogo comercial, fortalecimento de atividade coletiva
considerando o pertencimento ao território e as múltiplas identidades para uma
produção sustentável. O desenvolvimento comunitário como instrumento de geração
de renda, expressão social, cultural, além do aprimoramento da produção
artesanal para imprimir a riqueza e importância sociocultural e ambiental
também foram destaque.
Estiveram presentes cerca de 50 mulheres representando os
EES da Bahia e Sergipe. A atividade contou com o apoio de Gabriel Carneiro,
Inéria Florinda, Rogério Sebastião e Alexsandro Nascimento, da assessoria
regional e Maria Anunciação, secretária executiva da Cáritas Arquidiocesana de
Feira de Santana.
Segundo o membro da coordenação colegiada na Cáritas NE3,
Gerinaldo Lima: “As atividades fazem parte do Plano de Formação que a Cáritas
Regional Nordeste 3 tem realizado junto aos EES ligados à Rede Balaio de
Solidariedade e suas lideranças, com objetivo de qualificar a produção dos
grupos para ampliar o acessos a mercados, fortalecer a geração de renda, o
consumo solidário e consciente e reafirmar a Economia Popular Solidária como
esta outra economia que na Rede Cáritas ao longo dos anos tem fortalecido e destaca
como prioridade.”, destacou.
Gerinaldo reforçou que este outro modelo de economia é um
tema transversal, que vai para além da produção e comercialização, abrangendo
incidência política, participação dos espaços de controle social e de políticas
públicas, de modo a ajudar no protagonismo das mulheres no fazer diários e
comunitário.
Em agosto será realizada outra oficina formativa para tratar
dos processos de comercialização física e virtual, de modo a qualificar os
grupos para melhor atender os clientes e alcançar novos espaços de
comercialização, ampliando consequentemente a visibilidade.
Rede Balaio
Desde 2019, a Rede Balaio de Solidariedade vem agregando
mais de 50 empreendimentos econômicos solidários de Sergipe e da Bahia somando
esforços na comercialização e aquisição de insumos, além de contribuir para o
fortalecimento de mulheres que atuam em coletivo gerando renda para o sustento
de suas famílias.
Texto: Ascom Cáritas NE 3, com colaboração de Gerinaldo Lima
Fotos: Gabriel Carneiro