COLABORE

Diálogos sobre devir quilomba tem lançamento de livro e rodas de conversa

Áreas de Atuação

Atividade teve apoio da Cáritas Nordeste 3, CAR, SDR UNILAB, UFBA e Pós-Afro

Publicação: 18/07/2022


Diálogos sobre Devir Quilomba foi o tema de um evento realizado em coletivo com o intuito de discutir antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas nos dias 12 e 13 de julho.

Terça-feira (12), na sala de treinamento da Universidade Corporativa do Serviço Público da Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (SEPLAN), no CAB, em Salvador, uma roda de conversa com lideranças dos Quilombos Pitanga dos Palmares e Praia Grande marcou o início das atividades.


Autora do livro Devir Quilomba, a professora doutora Mariléia de Almeira destacou que o modo de fazer político das mulheres quilombolas alia ancestralidade a memória e território onde escutar é importante. “Espero que minha pesquisa promova agenciamentos coletivos como o de hoje, nessa interseção militância/políticas públicas. É esse o objetivo do meu trabalho [Devir Quilomba]”, aposta.

Estiveram presentes representantes da Coordenação Executiva de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (CEPEX), Coordenação do Desenvolvimento Agrário (CDA), Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Bahiater, Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF), Câmara Técnica para assuntos Quilombolas da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), Conselho Estadual das Comunidades e Associações Quilombolas da Bahia (CEAQ) e Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ).

Uma “Roda Viva da Licenciatura em Ciências Sociais” também foi realizada à noite, na Unilab em São Francisco do Conde. O lançamento do Livro “Devir quilomba: antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas” marcou o encerramento da programação na última quarta-feira (13) Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao)/UFBA, em Salvador.

“Os feminismos negros reposicionam o lugar das mulheres negras. Nós produzimos conhecimento. O feminismo negro ajuda a gente a ganhar um repertório. Vivemos condições históricas que possibilitaram minha pesquisa e a de muitas outras pesquisadoras”, completa a autora.


Foto: Rafael Lopes | DRT/BA 4882 


Sobre a autora

Carioca natural de Vassouras, interior do Rio de Janeiro, Mariléia de Almeida é doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Teve sua menção honrosa de sua tese em 2020 no Prêmio de Teses Ecléa Bosi, promovido pela Associação Brasileira de História Oral. Em 2015, realizou doutorado sanduíche na Universidade Columbia, em Nova York, sobre os feminismos negros estadunidenses (1980-1990).

O Programa Global

O Programa Global das Comunidades de Nossa América Latina é desenvolvido pela Cáritas Brasileira (Regionais Nordeste 3 e Norte 2), Colômbia e Honduras e apoiado pela Cáritas Alemã e Ministério Alemão. Busca melhorar a implementação dos direitos à terra e ambientais, promover a participação política das comunidades rurais e disseminar abordagens inovadoras para a adaptação às mudanças climáticas nos territórios envolvidos no projeto.


Assessoria de Comunicação

Cáritas Brasileira - Regional Nordeste 3


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