Ilustrações, poemas e textos literários diversos podem ser encontrados na cartilha da 5ª edição do concurso literário intitulado “35 anos da Constituição Cidadã: quais são os meus direitos?”. O projeto é realizado pelas Cáritas Nordeste 3 e Norte 2 nos Estados da Bahia, Sergipe, Pará e Amapá e desenvolve, junto a crianças e adolescentes, habilidades de escrita e artística.
A edição atual foi construída em 2023 e celebra os 35 anos
da Constituição Brasileira. Por meio do Programa de Infância, Adolescência e
Juventudes (PIAJ), diversas comunidades inseridas nas Arqui/ Dioceses com
presença das Cáritas participam do concurso garantindo representações de
crianças e adolescentes das diversas localidades; no regional Norte 2, o
público participa por meio do projeto Içá: Ação e Proteção.
As produções realizadas pelas crianças e adolescentes
tiveram na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
a orientação basilar para a construção crítica e criativa de textos e imagens
que externalizaram a sua compreensão acerca do mundo no qual estão inseridos e
dos seus anseios, desejos e sonhos.
O concurso é desenvolvido em duas etapas: a primeira com
mobilização, diálogo e sensibilização das instituições; e a segunda com a
realização das rodas de conversa com foco na produção dos materiais.
“Os encontros propiciaram o espaço seguro de escuta e fala
do público infanto-juvenil que refletiu sobre os seus direitos fundamentais,
identificando-os e compreendendo a importância de cada um destes para o seu
desenvolvimento saudável, visando a sua qualidade de vida. E, ainda, a
potencialização do protagonismo desse público. Nas artes criadas, ressaltaram
consideravelmente a falta de acesso aos direitos básicos fundamentais, com
destaque para a alimentação saudável, educação, saúde, lazer, proteção e cuidado.”,
destacou a agente Cáritas Regional Norte 2, Elinete Marques.
Para a assessora regional e membro da coordenação colegiada
da Cáritas NE 3, Joice Santana, o concurso é uma oportunidade lúdica para
crianças e adolescentes fortalecerem os vínculos familiares e comunitários por
meio da arte. “É uma oportunidade também de aprendermos a partir do que surge
nas suas produções, principalmente a escutar o que desejam nos dizer sobre seus
direitos. É tempo de celebrar durante os momentos de premiação o quanto temos
avançado no diálogo intergeracional e pensar horizontes de transformação para
as próximas edições e ações arte educativas do PIAJ.”, concluiu.
Histórico e apoio
Na Bahia e em Sergipe, o concurso existe há pelo menos uma
década e tem apoio das entidades membro da Cáritas NE3, envolvendo escolas
públicas e filantrópicas, grupos e instituições comunitárias que atuam com
crianças e adolescentes.
Nesta edição houve participantes da Bahia: em Salvador,
Feira de Santana, Serrinha, Barreiras, Ruy Barbosa e Várzea do Poço. Já em
Sergipe, participaram crianças e adolescentes de Aracaju e Capela. No regional
Norte II da Cáritas (Pará e Amapá), houve representantes de Abaetetuba,
Ananindeua, Belém e Marituba.
O protejo tem apoio da KNH, Kindermissionwerk, Misereor, Cáritas Alemã e Ministério Federal de Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha. Esta edição também contou com a parceria da Escola Medalha Milagrosa, em Salvador, que doou a maioria dos livros utilizados nos baús literários para as premiações.
Fotos: Alan Lustosa e parceiros das entidades membro
Texto: Rafael Lopes | Ascom Cáritas NE3