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Território quilombola sedia intercâmbio de convivência com biomas em Sergipe

Geral

Iniciativa promoveu troca de saberes em comunidades sergipanas

Publicação: 02/05/2022


O Território do Brejão dos Negros na Foz do São Francisco (SE) sediou, entre os dias 27 e 29 de abril, o 3° Intercâmbio de Convivência com os Biomas, promovido pela Caritas Regional Nordeste 3. A atividade reuniu agentes Cáritas, representantes de comunidades, associações e grupos de diversas regiões da Bahia e Sergipe que visitaram as quatro comunidades do território quilombola para intercambiar informações e vivenciar experiências culturais de Santa Cruz, Carapitanga, Brejo Grande e Resina. 


Na manhã do dia 28, em Carapitanga a comitiva conheceu os desafios enfrentados pela comunidade.  "É com a força da Cáritas e outras organizações que temos o assento da Terra. Como posseiro eu recordo que muita gente não tem, sequer, como construir um barraco" disse sr. Baiôco, uma das lideranças locais. O líder comunitário apontou as dificuldades de seu povo com as invasões provocadas por projetos de carcinicultura e exploração de petróleo que contam com a chancela do “desgoverno federal”. Os movimentos sociais são os únicos que têm ajudado na luta do território, conforme aponta sr. Baiôco.

Pelos inúmeros desafios que a população quilombola encontra no território, a Cáritas vem apoiando as comunidades de diferentes formas. Uma delas é com a execução do Programa Global que, com a parceria da Cáritas Alemã e Cooperação Alemã DEUTSCHE ZUSAMMENARBEIT, busca fortalecer as comunidades tradicionais da região. Saiba mais sobre o Programa Global.

O território é demarcado como área quilombola, mas no atual governo o processo não teve continuidade. Outra questão abordada na roda de conversa foi como encantar a juventude e inseri-la nas lutas para a manutenção dos direitos conquistados e a participação política.


Com apoio da Cáritas Alemã, Cooperação Alemã e Misereor, o intercâmbio visa a partilha das experiências de convivência com os biomas a partir das perspectivas dos povos e comunidades tradicionais quilombolas e ribeirinhos em Sergipe na defesa das águas como bem comum; da agroecologia e do respeito aos modos de vida das comunidades tradicionais.

Território quilombola

Reconhecido como território quilombola desde 2006, a área agrega as comunidades supracitadas que enfrentam desafios como acesso à terra, educação, saúde e a invasão de grandes projetos como especulação imobiliária, carcinicultura – um ramo específico da aquicultura voltado para a criação de camarão em cativeiro, tanto na forma de cultivo marinho ou de água doce.  


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