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Defesa dos direitos de crianças e adolescentes é assunto no 10º Fospa

Áreas de Atuação

Atividade autogestionada da Cáritas Brasileira contou com partilha de experiências do projeto Içá

Publicação: 30/07/2022


Defesa dos direitos da criança e dos adolescentes: experiências e vivências do Projeto Içá - Ação e Proteção. Foi sobre esse assunto que a assessora no regional Nordeste 3, Inéria Florinda Santos, e o voluntário no Projeto Içá, Emerson Gomes, dialogaram na atividade autogestionada da Cáritas Brasileira realizada neste sábado (30) durante o 10º Fórum Social Panamazônico (Fospa) que segue com programação até domingo (31) na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Foram apresentadas algumas ações e nos estados da Bahia e Sergipe, entre elas o “Só Papo” – sopa com bate-papo que faz parte do Evangeliza Feira, iniciado com a distribuição de sopa e que vai além da ajuda humanitária. “Não era apenas fome que as pessoas tinham. Eles tinham fome de um espaço que pudessem trocar conhecimentos, debater garantia básicas de direitos como o ir e vir das crianças e adolescentes”, destaca Emerson Gomes.



FOTO: Aline Gallo 


“Minha concepção mudou. Eu sentia que as crianças do projeto precisavam de mim, mas me dei conta que era eu quem precisava delas", acrescenta o voluntário.

Grupos socioprodutivos integrados por mulheres em Salvador e Feira de Santana também foram destaque na atividade. Por meio da formação modular de viabilidade econômica e práticas integrativas é feita a composição de potencialidades trazidas pelas próprias mulheres para a produção de itens que são comercializados pela em espaços de Economia Popular Solidária (EPS) como as feiras territoriais da Cáritas Nordeste 3.

Mas, como afirma a assessora regional, o projeto não abrange apenas a produção. “Trabalhamos diversos aspectos de forma mais ampla com as mulheres, principalmente as mães de crianças que sofrem violências sexuais e vivem em uma família dominadas pelos homens – são, em sua maioria, mães solo e a cobrança financeira sobrecarrega, chegando a provocar um processo de culpa para as próprias crianças e adolescentes por determinadas violações”, reitera Inéria Florinda Santos.

Iniciativas como o Conexão Jovem realizado junto à Associação das Comunidades Paroquiais de Mata Escura e Calabetão (Acopamec), em Salvador, o Sarau Faça Bonito, a caminhada do 18 de Maio, o Grito dos Excluídos e o Intercâmbio de Juventudes também foram abordados na apresentação da dupla que debateu junto aos participantes outras questões pertinentes como a violação de direitos das crianças e adolescentes e a necessidade de avanço no que tange às denúncias de violências sexuais que ocorrem no meio infanto-juvenil.


FOTO: Aline Gallo 

A lista de atividades desenvolvidas pelo regional inclui também a participação em espaços de incidência, formações em advocacy, participação na construção de plano plurianual e de planos de incidência e sustentabilidade, bem como formação para os conselhos tutelares e de direitos – algumas ações envolvem a parceria com a secretaria de Justiça do Estado da Bahia.

“Este é um trabalho desafiador pois muitas mulheres sofrem, diariamente, boa parte das violações de direitos e muitas vezes não percebem que fazem parte desse ciclo. Assim, nossa ação ajuda o público feminino a se aproximar de debates importantes de autorrespeito e empoderamento, ao passo em que contribui para a autoestima”, completa a assessora.



Assessoria de Comunicação

Cáritas Nordeste 3

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