Com um tom otimista e esperançoso, o Secretário Nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Gilberto Carvalho, participou nesta
quinta-feira (14), em Feira de Santana, na Bahia, de um painel sobre a política
pública para o setor no Brasil. O representante do Governo Federal apontou que:
“A economia solidária é a vanguarda daquilo que a gente sonha”. Para ele, esse
modelo de produção e de consumo precisa ser “fermento no meio da massa”, frisou.
Em seu conceito e prática, a economia solidária é um novo modo
de produzir, de consumir e de pensar a relação com as pessoas e com o meio
ambiente. Nessa perspectiva, o debate sobre a política pública integra a
programação da IV Feira Regional de Economia Popular Solidária: Saberes e
Sabores, realizada de 14 a 16 de março, pela Cáritas Brasileira Regional Nordeste
3, Rede Balaio e Movimento de Organização Comunitária (MOC).
Público acompanhou atentamente as discussões sobre a política pública.
Ao lembrar da importância da política pública e do jeito
inclusivo de fazer economia, o chefe da pasta no Governo Federal lembrou reforçou
a necessidade de os Governos caminharem lado a lado com as necessidades do
povo. “Nós precisamos de muita luta para reconstruir a economia solidária no
Brasil, uma economia que permite às pessoas viverem melhor, com renda e
cultivando um novo modo de vida em sociedade.
A economia solidária é a vanguarda daquilo que a gente sonha.”, completou
Carvalho.
Intitulado “Economia popular solidária: avanços e desafios
para a próxima década”, o painel contou com a participação da assessora nacional
de economia popular solidária da Cáritas Brasileira, Marcela Vieira, que
contextualizou ao público presente a atuação da entidade organismo da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os territórios onde a Cáritas está
presente e as orientações estratégicas que norteiam suas ações Brasil afora.
Mesa contou com representantes da Cáritas, MOC, SENAES / Governo Federal e SETRE / GovBA.
“Uma grande alegria estamos aqui nesse momento tão
importante de retomada da política pública e, sobretudo, afirmar nosso
protagonismo feminino nessa caminhada. A economia popular solidária é esse um
novo modelo de desenvolvimento pautado na inclusão socioprodutiva buscando
cessar as desigualdades”, destacou a assessora que também lembrou das barreiras
dos empreendimentos de economia popular solidária e do setor na estrutura da
Cáritas Brasileira.
Entre os desafios estão a incidência para a regularização da
Lei de Economia Solidária, a viabilização de recursos financeiros para feiras
regionais, a ampliação de pontos fixos de economia solidária, bem como a
consolidação de redes de cooperação solidária e a promoção da sustentabilidade dos
grupos com a parceria de diversos atores.
Marcela Vieira é assessora nacional de Economia Popular Solidária na Cáritas Brasileira.
O Superintendente de Economia Solidária do Estado da Bahia, Wenceslau
Junior, participou da atividade representando a Secretaria do Trabalho, Emprego,
Renda e Esporte (Setre) e ressaltou o compromisso da política pública. “É
preciso destacar a importância da política pública de economia solidária, que precisa
estar no centro dos debates. Precisamos ganhar musculatura na defesa dessa política
que não pode ser mais apenas uma política de governo, mas sim de Estado.”, pontuou.
Para o gestor, é necessário “sair da caixinha para avançar no desenvolvimento da economia solidária também nos centros urbanos”, outro desafio posto. “Investir em economia solidária é investir em um resultado potente, de emancipação de nosso povo. O desafio é grande, mas a gente vai seguindo e caminhando nessa direção”, concluiu.
A noite contou ainda com intervenções artísticas da poetisa feirense Luma Luz e do cantor Izael Sertão.
Fotos: Alan Suzart | MOC
Texto: Rafael Lopes | DRT BA 4882
Assessoria de Comunicação
Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3