Na última semana, dias 15 e 16 de setembro, o Povoado
de Queimada Grande, em Banzaê (BA), realizou o I Intercâmbio de experiências
com adolescentes e jovens. A atividade teve como objetivo trocar experiências entre
jovens e adolescentes dos meios rurais e urbanos acompanhados pelos projetos
desenvolvidos pela Cáritas Regional Nordeste 3.
"O desafio aqui é
debater como nós adolescentes e jovens percebemos o que é ser jovens a partir
de nossas comunidades, entender o mundo, olhar para a história das nossas
comunidades. Que mundo é que as juventudes vivem?”, questionou o psicólogo e agente
Cáritas, Alfredo Baleeiro, ao conduzir uma roda de conversa sobre o protagonismo
juvenil, incidência e participação.
FOTO: Allan Lustosa
No bate-papo intitulado “O
Brasil que queremos”, o público pôde refletir sobre desafios em comunhão ao chamado da 6ª Semana
Social Brasileira que nesta edição traz o tema “Mutirão pela vida: Por Terra,
Teto e Trabalho”, em compromisso com uma sociedade de direitos e do bem viver.
O debate reuniu as juventudes local, pertencente
à Diocese de Paulo Afonso, além de jovens de Feira de Santana e do estado de Sergipe.
“Pensar uma sociedade que
se constrói a partir de uma perspectiva sobre "Terra",
"Teto" e "Trabalho" combatendo todas as injustiças socioambiental
e de direitos. "Pensar um projeto Popular onde todas as pessoas possam
participar, em especial com as juventudes. Esse é o convite para o momento de
escuta em relação a cada tema. O que pensam as juventudes a partir de seus
territórios?”, provoca a facilitadora e agente Cáritas no regional Nordeste 3, Cátia
Cardoso.
FOTO: Allan Lustosa
Diálogo e escuta
As reflexões em grupos
possibilitaram maior participação e aprofundamento dos temas e construção de
novos olhares sobre Terra, Teto e Trabalho destacando a necessidade da
erradicação do trabalho infantil, da oferta de capacitações para adolescentes e
jovens com foco no ingresso do mercado de trabalho, bem como a necessidade do investimento
no cumprimento da legislação para o combate ao trabalho infantil e para a
contratação de jovens aprendizes.
No que tange a "Teto",
as juventudes perceberam questões como o alto número de pessoas em situação de
rua e a necessidade de construção de moradia com acesso a saneamento e direito
à cidade. O
resultado da escuta será encaminhado à Secretaria da 6ª Semana Social
Brasileira que reunirá com outras reflexões que estão acontecendo em diversas regiões
brasileiras.
Ascom